“ QUE ME REVESTE A PELE “
Meramente a olhar da mão a pele vejo neste tecido que me veste um tom de vontade…
“ QUE ME REVESTE A PELE “
Sob este visgo colostro expresso
espesso em um par de mãos que de
minha umbilical matre meu ser aparta
ergo arauto e de voz farta
Em uníssono canto a elevar meu pranto
a que leve aos neste recinto presente o
quão descontente me ponho a neste
bramido tom ressoar
Mas do que tudo isto em seu propósito
se trata como quando ao sentir-me
pronto não mais um feto deparo-me
com este desafeto
Um denso lume frio mundo neste vazio
onde não tão pronto quanto pensava
estar fora de meu habitat a não mais
imerso respiro este ar
E assim deveras vi-me ante ao espelho
e recompor-me sobre meus artelhos
a observar aquela não mais
tão lisa linda pele
Sim disse eu assim seja e que tudo
sem desvelo se revele pois por extenso
escrita está minha história em cada
linha de expressão em minha pele
E nelas leio dia meses anos risos
choros ilusões paixões amores
viçosos passos dores acertos
conquistas vitórias e desamores
E umas expeças páginas onde escrevo
muitos planos e digo a refrisar até
mesmo tolices por haverem ainda
alguns insanos a realizar
Sim sou eu este a observar na nua crua
casca sobre esta outra linda lisa pele
tudo o que dela meu ser a ela atribui
absorve ou repele a revelar
Sim sou eu a compor meus passos verbos atos
brados brandos prosas versos canções retratos expressando tudo o que aqui se revele qual
eterno aprendiz na arte de viver e amar
© BY Tito Trugilho, 31 de julho de 2024.
Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 31/07/2024
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