“ AÍ VALHA-ME AMOR VALHA-ME “
“ AI VALHA-ME AMOR VALHA-ME “
Bem que horas estariam a marcar pelo acariciar do sol ao solo agora por esta sombra a deitar-
se pondo-se já a oeste desejosa a terra estar
sob as primeiras gotas do orvalho da noite
Naquela instância as dezoito e alguns minutos na parreira mesmo de beleza aparentemente inerte se portava ela flor ante ao poeta a entorpecer-lhe o olhar profuso quase a
sorver seu néctar a alcançar o caule
Hipnótica tendo todo o arroxear de suas violetas pétalas vindo seu suave e delicado perfume a apreciar tendo ao seu lado
esta por quem enamorado ali
trouxe para ver o luar
Desperta-te perante a vida e digas que por
estes véus arrebata-te de teu próprio
ser propõe-lhe a donzela enciumada
por veja você aquela flor
A sena que aos que passavam tornou-se ao
foco por não ver-lhe plena trazendo risos
a estes amantes bem como aos outros
ao redor por uns poucos instantes
Quão esplendorosa era ela tal flor mais estonteante que aquela de tão expressiva delicada beleza então brava donzela em iminente testilha com Ruéllea
Coerulea a furtar de seu
amante o olhar
Balbuciando em sussurro tom todavia
permitiu que se derramassem em seus
lábios tais expressões tendo ela seus estrogênios a borbulhar aos poros
Bendito encontro neste recôndito jardim apogeu desta que toma teu olhar de mim
Tola ele diz enquanto traz a emoldurar a face sua rival presa ao galho dizendo-lhe que
nem mesmo aquela linda flor se
compararia a fonte viva e tão
expressiva pela luz em seu olhos
quando sem palavras o amor
se põe a declamar
Sem hora tempo especial ocasião ou lugar simplesmente sublime como a fragrância
de um aberto frasco sua essência a
exalar assim para mim
é o teu olhar
Sabes que e o quanto prezo pelo que não mais rezo a suplicar reclamando amor não ter vivendo por ele a suspirar desejoso de iluminado ser por este brilho emanado
destes olhos pelos quais me vês e por
pouco tua alma não sai de ti vindo
em meu ser habitar
Sim o sabes de meu jardim seres a mais bela flor e de inigualável teor tal qual nenhuma outra espécie se arraigaria em minha terra se
não por amor a que viesse estender
suas raízes e seus galhos
E não somente em um único botão mas em intensos buquês de suas floridas floreadas a alimentar-se destas chuvas de amor
para comigo de suas águas
Entreguei meu coração somente a ti para
não mais de mim mesmo sentir esvair
este bem que me faz descansar
Valha-me amor valha-me amor
Tito Trugilho, 25 de março de 2022.
Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 25/03/2022
Alterado em 25/03/2022
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