“ CASCAS TRONCOS LASCAS “
“ CASCAS TRONCOS LASCAS “
Um saudoso tasco de ti a acariciar-te
não mais em vida sobre seiva
e amor vem falar
Quereria este afiado graveto neste tinteiro untado qual pena pelo veios destes
poemas tua vida resgatar
Não mais seiva que da terra extrai não mais chuva que recebe e por suas raízes
concebes bebe e não se esvai
Não por este agora instrumentos a lançar
teus brotos flores folhas molhos
de teu labutar
Não não mais mas por este bem inspirador
que a esta alma toma e assim como
que por gratidão seu fluir retoma
a em ti qual arauto por se propor
a compor versos e canções
a tona
Um graveto agudo do mais alto de ti que te
fora tomado quando aos seus pés tombado Sândalo sua impiedosa lâmina se pôs
a por tua fragrância a perfumar
Quando de ti betumadas colunas feitas foram fortes mesmo após tua morte a que a este frágil algoz de resistir tão torrenciais intempéries
que te forjaram desde tu semente tendo intensos tesos longos galhos braços
estendidos a oferecer em teus
abraços o frescor perante a causticante abrasadora estrela de tamanha grandeza
para agora então ser seu
bangalô seu lar
Posto que dado foi a este pequeno frágil a habilidade de assim tão ágil por agudo
graveto untado ou encharcada pena
sobre ti por amor pesar ou pena
em sua escrivaninha de ti Sândalo
debruçar-se a sobre certo alguém
ou tu ao arauto declamador
instigar o alarido de sua voz
Diga-se que mesmo diante de intensa e
bravia interpretação se quer uma de
tuas notas por sua ínfima estatura
quando sob fortes ventos de
tormentas com tua voz entoas tendo esvoaçadas arrancadas sementes folhas
e para com esta tormenta cantas
afim de que então se vá
Ínfimo mesmo que intenso diante de ti pelas naturais forças é este arauto que para
se sobrepor a ti necessita agredir-te
ou buscar patamares a que erguido
seja em seus sobressaltos
Digo tu és inspiração e poema e pousas ante
a criação de teu autor sendo desenhada
pela intensão deste Amor Maior tu
foras e este poeta mero expectador
de tua imensa intensa formosura
cá ante ao bem que nesta terra
pôs-se a te emoldurar
Ao repousar tal de ti pequeno tasco à laje
desta escrivaninha cala-se este punho
sobre as nuances de tua pele alvas
brancas folhas sobre as quais por
este saudoso encantador e
desmedido amor sabe
que haverá de
se inspirar
Tito Trugilho, 21 de fevereiro de 2022.
Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 21/02/2022
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