“ CONCLAME AO CANTO “


Com quão profundo amor ao canto ou a quem esta alma a interpretar sua essência a afim
de que se seque o pranto entoando-o
dedicado ao próprio dom da vida
sob os tons de seu
calor a cantar

Mais que o reverberar os ecos advindos de
seu peito ar em que eleva-se a se
transformar no agudo timbre de
sua voz  desde a majestade o
sabiá e seus súditos tuituís
rouxinóis  bem-te-vis

Escritas bem descritas assim dedicadas às calorosas entre-linhas em cujos trópicos
tomam por guardiões destes arautos
em sua equatorial morada estão
como em uma partitura as
notas deste seu cantar

Emplumados alados com seus fraques e
taês postam-se sobre floridos e bem
frondosos galhos a lhes adornar com
seus cantos em  intenso coro pelo
retinir da vida o encanto e
valor a exalar

Se por esporádica porém não coincidente ou consecutiva audiência este privilégio nos
é dado o que dirão da natureza os
braços galhos que eclodem aos
troncos aos quais dado é receber-lhes e
assim uma vez acolhidos feitos
ninhos contemplam o renovar-se a
vida até que venham
este abrigo deixar

Quanto a estes ate mesmo quando afligidos pelos mais intensos rígidos frios invernos  
pelas nuances destas vozes se pode
ver das notas a névoa de o seu
alarido aos mais longínquos
ouvidos alcançar

E dizem aos que reticentes aturdidos pelo ensurdecedor silêncio de seus intentos
a entregarem-se ao jugo impiedoso
da solidão a que conclamem o
canto libertador de suas
almas não em um
só coração

Cante apenas cante o que de mais puro em
ti há até que por este bem venhas a
resgatar por teu fervor do amor
esta abrasadora terma força
que de flui em vívida esperança para
que em ti haja paz alívio e bonança e assim possa deste bem gozar

Cante até que de tuas notas se possam ver um tanto deste ar contigo em teu ser a plainar
como a névoa neste canto capaz de
traduzir o amor e amar

Cante e conclame de outras vidas da voz o canto doce ao paladar cante sim cante
e se permita em verdade amar

Tito Trugilho, 17 de fevereiro de 2022.