“ LAMPEJOS “

Estas claras luzes cuja branda luminária
de minha sala ofuscam fazem-me ver como
o raiar de um dia uns flashs desta
nata força que estas
águas trazem

Trovozes trovões entremeados aos líricos cantos destes ventos a nos  estontear
cada vez que as inspirações desde
de seu seio vem a tomar-nos de
nós para aqui dançar

Vaidosa é a poesia quando ao som
destes cantos se põe a dançar

Ah quem me dera qual força esta
assim imenso ser para
com ela bailar

Entorpecido neste encanto fico ao
contemplar a pena viva embevecida
insana louca a acariciar

Estas folhas mudas que se entregam
aos seus braços destes riscos ricos
esboços tantas letras mares
desse prantear

A alegria tola que a razão ludibria inebria cala e com suas vozes brama tomando do arauto a fala a emocionar

Que o amor é paz é vida é flor tem perfume tem cor faz da vida canção
assim é o amor

Ah estes amores e amante embriagados de prazer a enlouquecer aos ditos sábios
de seu sereno ser

Bastar sabe-se isto não se dará pois haverá da paz pela vida a retinir seu canto assim bravio e tão manso a nos fazer amar

Como tamanha gratidão ao amor pela poesia em nossas vidas expressar se não a ela se entregar

Poesia vida que te que viva e sempre deste terno amor me valhas onde por teu poder a mim madeira entalhas a emoldurar

Salva-me de mim mesmo caso a outro bem queira eu me entregar afagar-me também
de ti sim ao perceberes assim
tão longe de mim estar

Valha-me valha-me amor
valha-me amor

Tito Trugilho, 04 de novembro de 2021.