“ VERDADE “

É ver da descendia riz do que se dá afim
de atestar certeza da veracidade o que
por si só já se posta por concreto e
intransponível em seu valor

Discordem néscios incautos indoutos pelo que
ao córrego de seus lábios venha trazer por
açoites verdade é firmemente verdade
e fatos contados são voláteis
segundo perspectivas de
olhares vãos

Mesmo que de fato vivam a entremear-se
e não entrelaçados a vera firme e rica
por ela mesmo verdade mas por
flâmulas de pensamentos
guiados por ventos
que passam

Mente aos seus intentos e pensamentos
todo que busca ludibriar o que há desta
veracidade em suas entranhas
a tratar os pés por mãos
trocando-os num ato
decíduo intento

Porém ao que a esta verdade seus passos
segue lhe é posta a noite por repouso a
que se revigore sem transtorno algum
trazido por inconsciente peso que lhe
perturbe o  precioso sono

A ela a verdade se unem o amor por plena
confiança o afeto e o calor afim de se
tornarem em um coração abrigo
àquela vida cujos pés feridos se
prostra e clama e também a cura
por saber que a ama

Sim é verdade que a própria verdade a
si atesta e da fé sem que em papel
timbrado seja grifado o trato entre
ela e o amor ou um tabelião em
cartório escreva

Verdade é qual verde relva aos morros
vales campos a que por seu viço que
a chuva rega em aberta clareira ou
nos mais recônditos cantos verde
vida traz e por ela tão esplêndido
ante aos olhos se expressa o
que é lindo assim tão belo em
festa verde vida verdade é

Isto sim é a mais pura virtude e
se cobre de sua própria paz

Tito Trugilho, 16 de setembro de 2021. “ VERDADE “