“ OLHAR “
“ OLHAR “
Deste ponto a este
mesmo foco a observar
sua construção entre
idas e vindas círculos
desenhei ao passo de
verde não mais brotar
por onde tocaram meus
pés em busca de quem
realmente és até que te
encontrei meu eu refletido
em minha íris surpreso
sentindo da pupilar o
dilatar.
Desapercebido passei
desalentos vivi desencantos
senti diante deste turvar
de meus olhos a te esconder
de mim acalentando-me na
esperança do findar de
minhas tempestades
sabendo que em algum
momento te encontraria
aqui e não seria por
vaidade.
A face oculta a frente
agora tão clara diante
de quem meu coração
dispara pelo encanto deste
encontro me faz perder a
fala ao perceber o quão
belo és admirando quando
regas de amor teus passos
trazendo vida e verde ao
regaço de tua caminhada
Ao que oferecido foi para
apagar tuas memórias
desprezaste escrevendo
com a tua outras estórias
ofertando amor curando as
feridas como curaste as tuas
afagando a alma por este amor
e trazendo a estas tua calma
A despeito das hipotéticas
e cegas profecias de quem
ao teu lado não sorria te
tornaste exemplo oferecendo
em teu sorriso afeto dia a
dia se fazendo em suas
tormentas referência e
bonança dirimindo e
diluindo até chegar a
nada sua arrogância
sendo fonte de alegria
Da bravura esperada
trouxeste paz da intolerância
e inconstância nada a
contento revertestes quando
te tornaste alento das violências
em forma de verbo e ato hoje em
teu amor de fato mostras que
foram mesmo que dolorosas
deixadas para traz
É notória a fonte que te sustenta
e alimenta te protegendo e revertendo o atros
Dos absurdos alheios e entendimentos
fúteis te distancias-te pelo perdão oferecido
a ti e o carinho dado a tua alma ao devolver
os pesos que carregavas ao seus devidos
donos por não se compreenderem e sobre
ti lançar sem nem mesmo saber o que
estavam a fazer ao te envolver e querer
te enredar
Livre viva tu amante sejas deste
novo ar que respiras te enobreças
por tuas livres e leves falas permita-se
voar e permaneças neste nobre
propósito de cuidar destes que te são
dados de presente para ensiná-los a
se sentirem como tu te sentes tendo
aos lábios o sabor de não de si mesmo
mais do que não lhes pertence se libertar
Até que ao seu eu consigam em seus
próprios olhos espelhar
Viva tu poeta viva deixe e faça viver
pela semente que te foi entregue em mãos
para a estas vidas o amor oferecer
Debruça-te em tua escrivaninha te torna-te
a estas aves o ninho ensinando-lhes os
primeiros gestos de suas asas encorajando-as
para que aprendam a voar
Mais saiba que és pequeno
e frágil apesar de tua força e que um destes
aprendizes sim um tu és que a ti foi dado se
encantar afim de que te inundes destas águas
e lhes regues para que lhes sejam limpos os
olhos e se encontrem neste olhar.
Silenciem-se as dores haja paz e encanto para amar.
“ OLHAR “
Tito Trugilho, 26 de fevereiro de 2021.
Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 26/02/2021