Tito Trugilho
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VIVA E GERE VIDAS
VIVA E GERE VIDAS

Neste seleiro de
paz e encanto
onde o sal das
letras e a doçura
das músicas nos
dão ao paladar o
saboroso agridoce
da arte, me faça
viver e à ingrata
morte mate, mesmo
que a esta não se
encontre quem a
possa vir buscar.

Pois tu deves a esta
ver morrer
e sem temer por
a vida de tantos
arautos ter ceifado
mesmo sem suas
palavras calar.

Triste e enfadonha
cina esta tua de levar
a alma nua e crua
como aqui a viu
chegar, e o fazes
enquanto vives ou
morres neste apogeu
quando distante de
ti memo pões-te a
pensarem tua árdua
tarefa de recolher
tanto aos indigentes
quanto aos marcos
que nesta vida a tantas
outras vidas pode
alcançar, com seu vive
onde chegam os valiosos
a tantos que a se julgar
um descarte, fez se
levantar por beber dessas
fontes que aqui jorram até
que um a um nela se farte,
e em seus lábios
brote o exclamar das
vozes destes que calaste
apenas o som mas seus
passos se podem alcançar

Mor,  um ser um servo
mor a serviço de
um Supremo ser seu
rei a quem
contas deve prestar
do tempo que não se
pode mais contar, e
deste seu lindo jardim
deve sem prévio aviso
colher, pois a outro
dado será seu espaço
é uma porção
igual de ar mesmo sem
o lugar que era só seu
não ser dado a ocupar.

Ora se uma vida se
permite viver a cada
ser, um momento se
há de findar, seus
instantes suas prosas
que com outras a
compartilhar, viva
este uma tão plena
e breve vida e quão
plena se de a entrega
que aos que lhe forem
por esta vida entregues
possa sim sem medidas
lhes dar, seu melhor e
suas mais escolhidas
frutas doces ao seu
paladar.

Viver é mais que preciso,
precioso e é por isso que
a própria vida a esta alma
se entrega, e ser reservas
permite desfrutar, de seu
ar seu espaço suas vias
onde permite dos seu
pés o trilhar.

Marque encontros todos
os dias com a vida e com
os que por ela a ti for dado
por teu caminho encontrar,
permita-se amado ser e
se doe para que a solidão
ao peito não faça doer
a dor de a outras vidas
a tua não somar, para
permitir que se vejam
seus frutos, juntos aos
outros que aos teus sim
querem somar, para que
possas viver e a outras
vidas concedido a ti seja,
a dádiva de ao se entregar
outras vidas poder de
gerar e assim te
multipliques aos milhares
no fluir de cada semente
que em tua seiva há de se
alimentar.

Para que em ti haja amor
e aos teus nunca falte a
preciosa paz que o
Amor Maior te fez alcançar.

Deleite-se em ser do amor
o fruto que ao teu fruto
possa alimentar.

E haja paz.

Tito Trugilho, 14 de agosto de 2020.
Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 17/08/2020
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