PENAS
PENAS
Desejos e sonhos, são apenas duas das penas que nossas asas compõem.
Que nos seja dado , ao abri-las, sermos capazes de ver quão grandes elas são e compreender, como explorar antes dos céus, as características de cada uma delas.
De todas, a que mais trata sobre suas aliadas é esta cuja ponta toca o tinteiro, o papel, os olhos e o coração, que transborda as emoções.
As vezes de tal maneira que a visão já não pode discernir a imagem, ao passo que a tinta fresca, ganha mais um componente, quando ao molhar o papel, se torna parte deste texto que ganhou vida diante dessa pena que a ela conduz, para dar forma a estas falas entroncadas e oscilantes, cujo amante a compor quase inerte de saudade, vê sua amada na paisagem a contemplar como miragem, seu rosto sob o sol a luz.
Forças tem certamente, para firme permanecer com está pena em punho ele tem, enquanto dentro de si o coração sem dar sossego, bate forte ao seu peito pela falta de seu bem.
Sempre em tempo consigo aos lotes, papéis como testemunhas com sorte, há no mundo a esperar, por uma trova, prosa, verso, ou cantiga de aquarela, por todo amor desse mundo que é capaz de expressar.
Olhos vivos de avidez, coração pulsando a tês, a querer seu bem querer, que venha lhe completar.
Ah que bom que vale a pena, ter duas asas tão serenas, com as quais posso abrigar, meus amores bem juntinhos, ao calor de nosso ninho, e no amor e paz de nosso lar.
Tito Trugilho, 11 de abril de 2020.
Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 11/04/2020