A ARTE DE QUEM SOMOS

Essa busca constante do profissional, e também do artístico, por parte de quem a arte escolheu e deu seus talentos, monta um paralelo constante para quem deseja viver em uma via de mão única com apenas uma vertente, pondo-o diante de uma avenida de oito pistas em duplo sentido.

Venta muito, é barulhenta e as vezes ofusca. Esta arte que lhe acompanha por sua vez, quando o tem para si, lhe faz um instrumento, ao passo que enquanto se ocupa em seus afazeres e compromissos, lhe dá o refrigério por seus encantos.

Ao que por ela não foi contemplado, desta recebe pelo que seu é, o afago que lhe traz paz, pela boa música, peça teatral, filme, vídeos, e por tantos canais que usa como acesso para que  esta vida perceba pairar sobre si o refrigério que lhe tem a dar.

Artistas e expectadores se tornam então apreciadores desta doce e real protagonista vida de quem busca, enfrenta e arrisca para ouvir os aplausos como da chuva o som.  A relva e a terra agradecem pelas águas e nós pelas palmas das mãos.

Tito Trugilho, 08 de abril de 2020.