A FALA ENTRE AS FLORES
A FALA ENTRE AS FLORES
Como é bom falar das flores com quem as ama
E como é bom falar com as flores de quem se ama
Elas ouvem mostram o quanto se importam com nosso querer em seu despetalar
Trazem de presente seus véus em pétalas multicores
Tratam os desatinos desalentos desamores quando regadas são pelas águas que descem dos olhos apaixonados impedidos de meramente ver quem lhe faz inundar seu ser em tempestuosa paixão
Ora quem estas águas pensam que são
Nada apenas obedecem a força das correntes que as trazem tão torrenciais capazes de tudo turvo tornar ao passar pelo ponto exato onde não se pode ver este alguém por quem nutre a ternura e a vontade de simplesmente ter o prazer de ver e dizer o quão precioso foi do reencontro a doçura
Em que lugar do passado mesmo que recente se teria deixado o cheiro de seu ar
O que fazer para de novo inalar a fragrância deste que te cerca ao entorpecer-me a mente
As frias chuvas que as regam em tempo trazem a vida fazem-do-as brotar
E como podem as termais amantes que fluem deste abatido semblante de igual modo lhe trazer a vida ao lhe dar
A resposta desta flor que falava do calor do amor ao amante explicou
Ainda em seu fluir tão quente em teu rosto sentes o que de ti rega meu viver ao desprendendo-se de tua face cai em mim sem me queimar pelo tempo que estas levam para virem me inundar
Ao tocar em minha raiz nesta terra que feliz sente a rega e ouve o canto do amante apaixonado deslumbrado em seus encantos
Pela terra esfria e da a esperança de ver voltar este amor para entregar entre os beijos ao luar
Meus botões desabrochando em seus beijos mãos e afagos par ser um novo um só
Que nem tempo treva ou pó em suas forças o contem revivendo com seu bem este lindo amor maior.
Tito Trugilho, 30 de janeiro de 2020
Tito Trugilho
Enviado por Tito Trugilho em 30/01/2020
Alterado em 02/02/2020